quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Papa presidiu a última audiência geral no Jubileu da Misericórdia

O Papa presidiu hoje no Vaticano à audiência geral no Jubileu da Misericórdia, que se conclui este domingo, desafiando os católicos a dar continuidade à vivência deste Ano Santo extraordinário.
“Na iminência do fim do Jubileu extraordinário, que cada um se lembre de quão importante é ser misericordiosos como o Pai e que o amor com os irmãos nos torna mais humanos e mais cristãos”, disse, perante cerca de 25 mil pessoas reunidas na Praça de São Pedro.
Francisco falou de uma das obras de misericórdia espirituais, “suportar com paciência as fraquezas do próximo”.
“Com grande facilidade, sabemos reconhecer a presença de pessoas que podem incomodar-nos. Pensamos de imediato: durante quanto tempo deverei ouvir as lamentações, as fofocas, os pedidos ou os triunfos desta pessoa?”, questionou o Papa, recordando que na maioria das vezes são pessoas próximas a nós, como parentes e colegas de trabalho.
Francisco lamentou que se tenha perdido a tradição do “exame de consciência”, procurando evitar apenas falar dos defeitos dos outros.
A intervenção ligou a “paciência” com outras duas obras de misericórdia, ensinar os ignorantes e corrigir os que erram.
“Penso por exemplo nos catequistas – entre os quais as muitas mães e religiosas – que dedicam tempo para ensinar às crianças os elementos basilares da fé. Quanto esforço, sobretudo quando os jovens preferiram brincar ao invés de ouvir o catecismo”, sublinhou.
O Papa saudou depois os peregrinos e visitantes de várias línguas presentes no Vaticano, incluindo os lusófonos.
“Queridos amigos, nesta última semana do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, Jesus chama-nos a levar a alegria e a consolação do Evangelho a todos os homens, como suas autênticas testemunhas misericordiosas! Que Deus vos abençoe a todos!”, concluiu.
OC - Agência Ecclesia.

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Consistório e encerramento da Porta Santa marcam fim do 29.º Ano Santo da Igreja Católica

O Papa vai presidir entre sábado e domingo às celebrações conclusivas do Jubileu da Misericórdia, iniciado em dezembro de 2015, que incluem a criação de cardeais e o encerramento da Porta Santa.
Francisco vai este criar sábado 17 cardeais - incluindo 13 eleitores (com menos de 80 anos), vindos de 11 países -, no terceiro consistório do seu pontificado, celebração com início marcado para as 11h00 (menos uma em Lisboa), na Basílica de São Pedro.
A lista inclui nomes de países que ainda não se encontravam representados no Colégio Cardinalício, como o Bangladesh, a Maurícia ou a Papua Nova-Guiné, além de três norte-americanos e um brasileiro.
Entre os cardeais com mais de 80 anos está o padre Ernest Simoni – que fez Francisco chorar ao abraçá-lo, na Albânia, evocando a perseguição do regime comunista.
O Papa, os novos cardeais e todo o Colégio Cardinalício vão concelebrar a Missa de 20 de novembro, na solenidade litúrgica de Cristo-Rei, que marca o final do Jubileu da Misericórdia.
A celebração tem início marcado para as 10h00 locais, sendo antecedida pelo rito de encerramento da Porta Santa da Basílica de São Pedro, aberta apenas durante os anos jubilares (o anterior tinha sido em 2000, no pontificado de João Paulo II).
O Papa Francisco iniciou a 8 de dezembro de 2015 o 29.º jubileu na história da Igreja Católica, um Ano Santo extraordinário centrado no tema da Misericórdia.
A Igreja Católica iniciou a tradição do Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII, em 1300, e a partir de 1475 determinou-se um jubileu ordinário a cada 25 anos.
Ao longo da história da Igreja, foram vários os anos jubilares, 26 ordinários e tês extraordinários.
O jubileu, com raízes no ano sabático dos hebreus, explica o Vaticano, “consiste num perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e o próximo”.
OC - Agência Ecclesia.

terça-feira, 15 de novembro de 2016

EUA: Bispos católicos esperam diálogo com administração Trump sobre defesa da vida e refugiados



O presidente cessante da Conferência Episcopal dos EUA (USCCB), D. Joseph Kurtz, disse hoje que a Igreja Católica quer dialogar com a administração Trump sobre defesa da vida e refugiados.
O arcebispo falava na abertura dos trabalhos da assembleia geral da USCCB, lamentando a “falta de civismo, sem precedentes, e mesmo rancor” que marcou a recente campanha presidencial.
As prioridades da USCCB, segundo o responsável, passam pela defesa da vida desde o “ventre” materno ao “último sopro”, pelas famílias de refugiados que “fogem em busca de uma vida melhor” com os seus filhos, os imigrantes e os marginalizados.
“As situações são complexas, certamente, mas os sem-voz continuam no anonimato até haver um rosto que fale por eles”, complementou D. Joseph Kurtz.
OC - Agência Ecclesia.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

«Deus nunca nos abandona» - Papa Francisco



 O Papa aludiu hoje no Vaticano à conclusão do Jubileu da Misericórdia, na sua semana final, e disse que os católicos devem viver com a certeza de que Deus “nunca” os abandona.
“Deus não nos abandona nunca. Devemos ter esta certeza no coração: Deus não nos abandona nunca”, declarou, perante peregrinos e visitantes reunidos na Praça de São Pedro para a recitação da oração do ângelus.
Este domingo, nas catedrais e santuários de todo o mundo, são fechadas as Portas da Misericórdia abertas no Ano Santo extraordinário convocado por Francisco, que se iniciou em dezembro de 2015.
A porta da Basílica de São Pedro vai ser fechada no próximo domingo, encerrando assim o Jubileu da Misericórdia.
O Papa espera que esta iniciativa ajude todos a “construir um mundo melhor, apesar das dificuldades e dos acontecimentos tristes que marcam a existência pessoal e coletiva”:
“O Ano Santo levou-nos, por um lado, a ter o olhar centrado no cumprimento do Reino de Deus e, por outro, a construir o futuro nesta terra, trabalhando para evangelizar o presente, fazendo dele um tempo de salvação para todos”, referiu.
Como sinal do Jubileu da Misericórdia, vai ficar exposto na Basílica de São Pedro o mais antigo crucifixo de madeira ali existente, datado do século XIV, após ter sido restaurado.
Francisco associou-se ainda à jornada de agradecimento “pelos frutos da terra e do trabalho humano” que a Igreja Católica celebra anualmente na Itália, com votos de uma agricultura “sustentável”, sem esquecer “os que estão privados de bens essenciais como a comida e a água”.
OC - Agência Ecclesia.

domingo, 13 de novembro de 2016

Sociedade pendular

A surpreendente eleição do presidente do Estados Unidos da América lançou um sem número de interrogações em conversas de circunstância e no debate público. Entre os vencedores e os vencidos contam-se não só os dois protagonistas, Hillary e Trump, mas também atuais e anteriores líderes políticos, do país e fora dele, meios de comunicação social, redes sociais, extremismos de esquerda ou de direita.
O inesperado remete para olhares mais distantes sobre o decurso da história, sobre tendências sociais em que todos participamos, mesmo sem darmos conta, e que estão muito para lá de episódios construídos em torno de milhões de ‘gostos’ ou dos resultados de qualquer pesquisa num motor de busca. Mas sem sucesso! Porque o futuro está a construir-se e vai continuar a definir-se a partir da popularidade de uma frase ou de uma imagem que se partilha e está na origem de bolas de neve comportamentais que permanecem por decifrar; o amanhã depende também mais da popularidade do que outros dizem do que da reflexão individual a propósito do que quero e do que convém. E, de facto, basta fazer uma pesquisa sobre qualquer assunto, relativo ao quotidiano ou ao futuro da humanidade que as pistas emergem em catadupa! E determinam decisões, orientações, votos!
A antropologia e a sociologia têm muito a dizer ao presente que vivemos e ao futuro que queremos construir. E sobretudo a filosofia e a teologia, pelas perspetivas que abrem no momento de encontrar as razões para o que acontece e pelas possibilidades de dar sentido ao que imediatamente o desconhece.
As decisões surpreendentes que resultam do voto popular mostram que em causa não estão fenómenos do acaso, resultantes de mobilizações de ocasião ou de convocatórias mediadas pelas redes virtuais, mas tendências sociais. O que acontece não se assemelha a ondas de circunstância, mas vagas de fundo cujos efeitos permanecem por descobrir.
Considerações que pouco beliscam o populismo que determinou a escolha do presidente dos EUA e quem votou ou pode vir a votar num líder ou em movimentos partidários semelhantes. Atuam em democracias adormecidas, que têm na abstenção o ambiente ideal para o surgimento de “iluminados” de promessas baratas…
Mais do que uma surpresa, os resultados surpreendentes que refletem o exercício da cidadania são expressão de mobilizações profundas, invisíveis, construídas em torno de um turbilhão de ideias, geridas com indiferença por lideranças populistas. Por esse motivo, o que se segue à eleição norte-americana gera inquietação: trata-se de uma onda provocada por vagas profundas, de alcance desconhecido. Estas, as vagas profundas, permanecem pouco faladas, mas são as que impulsionam a história, em movimento pendulares, de um extremo para o seu oposto, que têm uma consequência natural: geram sociedades pendulares. Resta saber para que extremo caminhamos…

Paulo Rocha - Fonte: Agência Ecclesia

sábado, 12 de novembro de 2016

Jubileu: Papa fez visita surpresa a jovens que deixaram sacerdócio ao longo do último ano

O Papa realizou hoje em Roma uma visita surpresa a famílias formadas por sete jovens que deixaram o sacerdócio ao longo do último ano.
De acordo com a sala de imprensa da Santa Sé, o objetivo de Francisco foi levar “proximidade e afeto” a quem escolheu um caminho diferente para a sua vida, mesmo “contra o acordo dos seus colegas e da família”.
“Após anos de dedicação ao ministério sacerdotal, esses homens depararam-se com a solidão, a incompreensão e o cansaço provocado pelas tarefas pastorais, passando a questionar a sua entrada na vida eclesiástica. Com isso, decidiram abandonar a batina para formar uma família”, realça o serviço informativo do Vaticano.
Entre os antigos padres que receberam a visita do Papa Francisco, estão quatro que estavam em missão na Diocese de Roma, também um na Sicília, outro em Madrid (Espanha) e outro na América Latina.
Com esta iniciativa, o Papa argentino promoveu mais uma visita surpresa integrada no Ano Santo da Misericórdia, que vai decorrer até 20 de novembro.
Ao longo do último ano, Francisco realizou pelo menos uma visita por mês, a pessoas e comunidades mais carenciadas, incluindo membros do clero doentes e idosos, no âmbito das chamadas “sextas-feiras da misericórdia” do ano santo extraordinário.
Desde janeiro já visitou um centro para idosos e doentes em estado vegetativo; uma comunidade de toxicodependentes; um centro de acolhimento para refugiados, na Quinta-feira Santa; refugiados na ilha grega de Lesbos; pessoas com deficiências mentais graves, padres idosos e em sofrimento em duas comunidades em Roma.
Em julho, durante a visita pastoral à Polônia, o Papa fez uma oração silenciosa nos campos de concentração nazis de Auschwitz-Birkenau e esteve com crianças no hospital pediátrico de Cracóvia.
Já em agosto, Francisco visitou a Comunidade Papa João XXIII, onde conversou com 20 mulheres de várias nacionalidades que foram “libertadas de redes de prostituição”, explicou a Santa Sé.
A 16 de setembro, o Papa passou pelo serviço de neonatologia do Hospital San Giovanni de Roma, seguindo depois para a ‘Villa Speranza’, unidade que acolhe 30 doentes terminais.
A última tinha sido a uma ‘Aldeia SOS’ para crianças na região de Roma, no âmbito das chamadas “sextas-feiras da misericórdia” do ano santo extraordinário, anunciou o Vaticano.
O Ano Santo da Misericórdia, convocado pelo Papa, está a ser vivido em toda a Igreja Católica e vai encerrar-se a 20 de novembro, no Vaticano.
JCP - Agência Ecclesia.

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Ecumenismo: Papa alerta para «falsos modelos de comunhão»

O Papa frisou hoje no Vaticano que o verdadeiro ecumenismo brota da ligação a Cristo, e alertou contra os “falsos modelos de comunhão que não geram unidade, antes a contradizem na sua essência”.
“A nossa conversão pessoal e comunitária, a nossa gradual configuração com Cristo. Este é o principal alicerce”, sustentou Francisco, durante uma audiência com os participantes de uma assembleia plenária do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade entre os Cristãos.
A reunião deste dicastério da Santa Sé, atualmente presidido pelo cardeal suíço Kurt Koch, tem como tema “Unidade dos cristãos: que modelo de plena comunhão?”.
Na sua intervenção, publicada pelo serviço informativo do Vaticano, o Papa apontou que o ecumenismo deve ser “uma exigência” para cada cristão “mas não basta concordar na compreensão do Evangelho”.
“Ele não é conformidade nem proselitismo, que é um veneno para o caminho ecumênico”, pois as comunidades cristãs são chamadas a colaborar, não a “fazer concorrência”.   
Francisco apontou ainda que o ecumenismo também não pode partir da supressão de “tradições teológicas, litúrgicas, espirituais e canônicas”, pois isso seria ir contra o Espírito Santo”.
“É sim um caminho, com a sua própria tabela de marcha, os seus ritmos, às vezes lentos e outras vezes mais acelerados; requer esperas, tenacidade, fadiga e esforço; não anula conflitos nem cancela contrastes. Todavia, quem percorre este caminho é confortado pela contínua experiência de uma comunhão felizmente avistada, mesmo que não ainda alcançada”, acrescentou.
O Papa recordou a sua recente visita à Suécia onde participou nas comemorações dos 500 anos da Reforma e dos 50 anos do início do diálogo ecumênico.
Uma viagem que avivou o princípio desse diálogo, formulado em 1952, e que exorta os cristãos a “fazerem juntos todas as coisas, menos nos casos em que as profundas dificuldades de convicção imponham uma ação separada”.
Francisco explanou depois a dupla dimensão que deve ser ponto de partida para o ecumenismo.
 “Qual é a relação que mais une todos nós do que sermos pecadores e ao mesmo tempo alvo da infinita misericórdia de Deus, a nós revelada por Jesus Cristo? Todas as divergências teológicas que ainda dividem os cristãos apenas serão superadas neste caminho”, concluiu.
JCP - Agência Ecclesia.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Liberdade Religiosa: Congresso sobre a figura e as 95 teses de Martinho Lutero

A figura de Martinho Lutero e as suas 95 teses vão ser objeto de reflexão num congresso internacional, a realizar em novembro do próximo ano e que foi apresentado, esta quarta-feira, em Lisboa.
Com o título «Um construtor da modernidade: Lutero – Teses – 500 anos», este congresso internacional pretende estudar a figura deste “homem reformista” que marca o “nascimento de uma nova Europa”, referiu José Eduardo Franco, membro da comissão científica desta iniciativa.
A modernidade faz-se a partir de “um desejo e de um grito” de reforma em vários campos onde a reforma de Lutero “é uma dessas correntes que ele acaba por liderar”, disse.
Enquanto “muitos outros atores e autores ficaram esquecidos”, todavia Martinho Lutero (1483-1546) representa esse espírito com as diferentes reformas que foram “construtoras da modernidade”.
Com a realização do congresso pretende-se “lançar o olhar sobre a modernidade e o mundo que a partir daquele momento se gerou” e que marca os “homens de hoje”, salientou José Eduardo Franco.
Na apresentação do congresso internacional que contou também com intervenções de Guilherme d´Oliveira Martins, José Vera Jardim e Tiago Cavaco, José Eduardo Franco realça que esta iniciativa reúne “várias áreas do saber numa constelação multitemática”.
A influência de Martinho Lutero vai da “Teologia, ao Direito, à Economia” e marcou “uma nova visão da Europa”, disse.
LFS - Agência Ecclesia.

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

«Sede de poder» e «deslealdade» impedem «servir o Senhor com liberdade» - Papa Francisco

O Papa Francisco disse hoje que são muitos os obstáculos que “impedem de servir o Senhor com liberdade” como “a sede de poder” e a “deslealdade” que também existe “na vida da Igreja”.
“O Senhor disse que nenhum serviço pode ter dois patrões. Ou serve Deus ou serve o dinheiro e este é um obstáculo: a deslealdade que não é o mesmo do que ser pecador”, disse na homilia da Eucaristia matinal na Capela da Casa de Santa Marta.
Segundo Francisco, todos são pecadores e arrependem-se, mas “ser desleais é fazer jogo duplo”, é “jogar com Deus e jogar com o mundo”, o que “é um obstáculo”.
“Aquele que tem sede de poder e aquele que é desleal dificilmente podem servir ou serem servos livres do Senhor”, afirmou sobre obstáculos que “tiram a paz e causam um tremor no coração que não deixa em paz”.
Sobre a “sede de poder”, o Pontífice argentino explicou que “Jesus reverte os valores da mundanidade” porque ensinou que “aquele que comanda se torna como aquele que serve”.
“Este desejo de poder não é o caminho para se tornar um servo do Senhor, pelo contrário, é um obstáculo, um destes obstáculos que rezamos ao Senhor para que afaste de nós”, desenvolveu.
Francisco alertou para as pessoas que vivem apenas para “ser vitrina, para aparecer”, pela fama mundana”.
“O serviço de Deus é livre, nós somos filhos não escravos. Servir Deus em paz, com serenidade, quando Ele mesmo tirou os obstáculos que tiram a paz e a serenidade, é servi-Lo com a liberdade”, referiu o Papa.
“Pedimos ao Senhor para remover os obstáculos para que com serenidade, seja do corpo, seja do espírito possamos dedicar-nos livremente ao seu serviço”, acrescentou.
Neste contexto, a frase “somos servos inúteis” é uma afirmação que para o Papa o “verdadeiro discípulo do Senhor” deve repetir para si próprio, notícia a Rádio Vaticano.
CB/PR - Agência Ecclesia.

terça-feira, 8 de novembro de 2016

Papa diz estará em Fátima nos dias 12 e 13 de maio

O Papa Francisco disse hoje à irmã Júlia Bacelar Gonçalves, religiosa portuguesa das Irmãs Adoradoras, que vai estar em Fátima nos dias 12 e 13 de maio de 2017.
Num texto publicado na rede social ‘Facebook’, a irmã Júlia Bacelar conta que entregou ao Papa uma bandeira de Portugal e disse que “significa o amor do povo português e a esperança de o ver em Fátima no dia 13 de Maio”.
“Ele apertou as minhas mãos e disse: ‘vou no dia 12… Vemo-nos lá’”, acrescenta a religiosa.
Em declarações à revista ‘Família Cristã’ a irmã Júlia Bacelar disse que a audiência do Papa Francisco aconteceu no âmbito da assembleia da RENATE (Religious in Europe Networking Against Trafficking and exploitation), em que está a participar.
“No final, cumprimentou-nos uma a uma, e quando falei com ele, entreguei-lhe uma bandeira de Portugal dizendo-lhe que ela significa o amor do povo português e a esperança de o ver em Fátima no dia 13 de Maio. Ele apertou as minhas mãos e disse: ‘Vou dia 12 à noite... Vemo-nos lá", e olhou para o secretário, que acenou com a cabeça a confirmar’, recorda a religiosa.
“Algumas das irmãs que estavam comigo disseram que ao ouvir o nome de Fátima, o seu rosto iluminou-se... sei que isto vale o que vale, mas foi o que me disse hoje”, acrescentou.
Em declarações à Rádio Renascença, o presidente da República considera que a presença do Papa no dia 12 e 13 de maio, será um “desejo cumprido” dos portugueses.
“A confirmar-se, corresponde a um desejo manifestado quer diretamente a Sua Santidade, quer ao secretário de Estado, cardeal Parolin, quando esteve cá, que era que não perdesse a procissão das velas, no dia 12, o que implicava vir dia 12 e sair dia 13, à tarde”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.
Na peregrinação a Fátima de 12 e 13 de outubro, presidida pelo cardeal Pietro Parolin, o bispo de Leiria-Fátima pediu ao secretário de Estado do Vaticano que transmitisse ao Papa o desejo de o ver na Cova da Iria, em maio de 2017, no Centenário das Aparições.
“Queremos acender aqui com ele [o Papa] as velas acesas da nossa fé, queremos rezar com ele aqui os mistérios de Cristo, recitando o Rosário, queremos cantar com ele o magnificat da misericórdia, que é o tema do seu pontificado, aquela misericórdia que Nossa Senhora anunciou aqui para toda a humanidade”, afirmouD. António Marto, numa intervenção aplaudida pelos milhares de peregrinos reunidos no Santuário de Fátima.
A tradicional procissão das velas acontece na celebração da vigília [dia 12] das peregrinações internacionais na Cova da Iria, após a recitação do Rosário, na Capelinha das Aparições.
A viagem do Papa a Portugal ainda não está confirmada oficialmente pelo Vaticano.
Francisco será o quarto Papa a visitar Portugal, depois de Paulo VI (13 de maio de 1967), João Paulo II (12-15 de maio de 1982; 10-13 de maio de 1991; 12-13 de maio de 2000) e Bento XVI (11-14 de maio de 2010).
São João Paulo II cumpriu ainda uma escala técnica no Aeroporto de Lisboa (2 de março de 1983), a caminho da América Central.
PR - Agência Ecclesia.

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Papa preside a Missa com presos e ex-reclusos e pede aposta na reabilitação

O Papa presidiu hoje no Vaticano à Missa do Jubileu dos Reclusos, com presos e antigos detidos de 12 países, incluindo Portugal, contestando a “hipocrisia” de quem na prisão a única resposta ao mal.
“Cada vez que entro numa cadeia, pergunto-me: porquê eles e não eu? Todos temos a possibilidade de errar”, sublinhou Francisco, na homilia da celebração que decorreu na Basílica de São Pedro.
Diante de presos, ex-reclusos, familiares, voluntários e capelães prisionais, o Papa lamentou a “pouca confiança” que existe na “reabilitação”.
“Às vezes, uma certa hipocrisia impele a ver em vós apenas pessoas que erraram, para quem a única estrada é a prisão”, disse aos detidos.
Francisco sublinhou que, muitas vezes, há “prisioneiros” que não se apercebem das suas prisões, sejam elas os seus “preconceitos” ou “esquemas ideológicos”, como acontece com quem “absolutiza as leis de mercado”.
“Apontar o dedo contra alguém que errou não pode tornar-se um álibi para esconder as nossas próprias contradições, denunciou.
Antes da chegada do Papa, os participantes no evento viveram um momento de reflexão, com testemunhos e cânticos, seguido da recitação do terço, em preparação para a Missa, na qual foram consagradas hóstias confecionadas por alguns presos de Milão.
A homilia de Francisco sublinhou a importância da “esperança” e do perdão, apontando ao “futuro”.
“Aprendendo com os erros do passado, pode abrir-se um novo capítulo da vida. Não caiamos na tentação de pensar que não podemos ser perdoados”, pediu.
O Papa afirmou que “só a força de Deus, a misericórdia” pode curar “certas feridas”.
No sábado, os participantes - reclusos e seus familiares, funcionários penitenciários, capelães e voluntários da pastoral prisional e membros de associações católicas – tiveram a oportunidade de confessar-se, nas igrejas jubilares de Roma, seguindo em peregrinação para a porta santa da Basílica de São Pedro.
A Eucaristia de hoje contou com a inédita exposição de um crucifixo de madeira do século XIV que, à exceção do primeiro jubileu, em 1300 (convocado por Bonifácio VIII), viu todos os anos santos da Igreja Católica.
Junto à cruz foi colocada uma imagem de Nossa Senhora das Mercês, padroeira dos reclusos.
“Hoje veneramos a Virgem Maria nesta imagem que no-La representa como Mãe que sustenta nos seus braços Jesus com uma corrente quebrada, as correntes da escravidão e da prisão”, explicou o Papa.
“Que Ela pouse sobre cada um de vós o seu olhar materno; faça brotar do vosso coração a força da esperança para uma vida nova e digna de ser vivida na liberdade plena e no serviço do próximo”, concluiu.
A delegação portuguesa, com cerca de 80 pessoas, é acompanhada por D. Joaquim Mendes, vogal da Comissão Episcopal da Pastoral Social e Mobilidade Humana.
OC - Agência Ecclesia.

domingo, 6 de novembro de 2016

Albânia: País celebra beatificação de 38 mártires assassinados durante a ditadura comunista

O prefeito da Congregação para as Causas dos Santos (Santa Sé) vai presidir, este sábado na Albânia, à beatificação de 38 sacerdotes e leigos católicos torturados e executados durante a ditadura comunista naquele país.
De acordo com a Rádio Vaticano, o cardeal Angelo Amato vai deslocar-se à Arquidiocese de Scutari como emissário do Papa Francisco para a cerimônia que consagrará como novos beatos da Igreja Católica “dois bispos, 21 sacerdotes diocesanos, 7 franciscanos, 3 jesuítas, um seminarista e quatro leigos”.
O arcebispo de Scutari sublinha que estes “mártires foram presos e acusados injustamente de serem inimigos do povo, sabotadores do regime e espiões do Vaticano”.
“Havia este clima de terror que realmente desumanizou parte do povo albanês. E muitos foram assassinados, não apenas ligados à Igreja Católica, mas também muitos outros”, recordou.
Os futuros beatos foram martirizados entre 1945 e 1974, num período em que a ditadura comunista na Albânia considerava rezar e ter fé um crime punível por lei.
A Catedral de Shkodër, onde vai decorrer a cerimônia de beatificação, chegou a ser utilizada como complexo desportivo.
Foi também o local onde mais tarde decorreu a primeira missa após a queda do regime comunista, a partir de 1990.
JCP - Agência Ecclessia.

sábado, 5 de novembro de 2016

Ajustes de contas



Jesus, é sabido pelos relatos dos Evangelhos, costumava ir ao encontro de gente pouco recomendável para os padrões da época. Os seus críticos usavam repetidas vezes como argumento a proximidade de Cristo com “pecadores e publicanos” - porque o verdadeiro Messias nunca poderia entrar em contacto com gente impura. A ‘revolução da ternura’ de que o Papa Francisco tantas vezes fala não é uma invenção piedosa, mas uma consequência prática da fé cristã, quando se inspira nas palavras e gestos do próprio Jesus Cristo, que nunca deixou de ir ao encontro de quem era excluído da sociedade, muitas vezes em nome de preceitos religiosos.
A respeito do famoso episódio de Zaqueu, um “explorador” do seu povo que Jesus chama pelo nome, para entrar em sua casa, o Papa argentino traçou um retrato do que muitos julgam que teria sido a atitude correta: ‘Desce, tu, explorador, traidor do povo! Vem falar comigo, para acertarmos contas!’. Como a opção cristã é outra, lembra Francisco, muitos começam a “murmurar”.
Ser católico é, necessariamente, ir ao encontro de quem é diferente, de quem vive de outra forma, porque só assim é possível testemunhar a própria fé. Com a convicção de que também é possível aprender e não apenas ensinar.
O pontificado de Francisco, que acaba de realizar uma viagem à Suécia nos 500 anos da reforma protestante - mais preocupado em apontar ao futuro do que em ‘acertar contas’ -, tem sido pródigo em gestos e palavras que apontam nesse sentido, sublinhando a necessidade de levar à Igreja Católica para junto das “periferias” existenciais e geográficas do mundo de hoje. Porque, como o próprio disse esta quinta-feira, a humanidade “tem sede de misericórdia” e não há tecnologia que a possa matar. Só o amor.

Octávio Carmo

Fonte: Agência ECCLESIA

sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Vaticano: Papa telefona a condenados à morte

O Vaticano apresentou hoje a celebração do jubileu dos reclusos, que vai decorrer entre sexta-feira e domingo, um tema particularmente querido do Papa, que tem telefonado a condenados à morte em vários países.
“Muitas vezes, o Papa Francisco esteve em contacto telefônico nos últimos meses com condenados à morte”, revelou o arcebispo Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização (Santa Sé), organismo responsável pela organização dos eventos do Jubileu da Misericórdia.
Em resposta aos jornalistas, o responsável precisou que Francisco esteve em contacto e se “interessou” por pessoas que foram condenadas à morte.
“Não conseguiu salvar um que foi condenado à morte e sofreu a pena”, relatou o presidente do Conselho Pontifício para a Nova Evangelização - caso que terá acontecido nos EUA.
Em fevereiro deste ano, o Papa tinha proposto a “abolição” da pena de morte em todo o mundo, por ocasião da celebração do ano santo extraordinário, o Jubileu da Misericórdia (dezembro 2015-novembro 2016), em defesa de uma cultura de “respeito da vida”.
“Apelo à consciência dos governantes, para que se chegue a um consenso internacional pela abolição da pena de morte e proponho aos que entre eles são católicos que cumpram um gesto corajoso e exemplar: que nenhuma condenação seja executada neste Ano Santo da Misericórdia”, declarou, perante milhares de fiéis reunidos no Vaticano.
D. Rino Fisichella sublinhou que o interesse em relação aos reclusos “vai para lá” da celebração do Jubileu, como tem sido visível nas suas viagens internacionais e nas deslocações a prisões italianas.
A celebração com presos e ex-reclusos de 12 países, incluindo Portugal, vai incluir a presença de condenados a prisão perpétua.
O Vaticano não prevê qualquer “medida especial” de reforço de segurança, adiantou o arcebispo italiano.
No sábado, os participantes - reclusos e seus familiares, funcionários penitenciários, capelães e voluntários da pastoral prisional e membros de associações católicas - vão ter a oportunidade de confessar-se, nas igrejas jubilares de Roma, seguindo em peregrinação para a porta santa da Basílica de São Pedro.
Segundo D. Rino Fisichella, desde dezembro de 2015 cerca de 20 milhões passaram por esta porta santa, no Vaticano, assinalando o ano santo extraordinário.
A Missa conclusiva do jubileu dos reclusos vai ser presidida pelo Papa Francisco, no domingo, pelas 10h00 (hora local, menos uma em Lisboa).
Nesta celebração vão ser consagradas hóstias confeccionadas por alguns presos de Milão.
A Eucaristia vai contar ainda com a inédita exposição de um crucifixo de madeira do século XIV que, à exceção do primeiro jubileu, em 1300 (convocado por Bonifácio VIII), viu todos os anos santos da Igreja Católica.
Junto à cruz vai estar uma imagem de Nossa Senhora das Mercês, padroeira dos reclusos.
OC - Agência Ecclesia.

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Ecumenismo: Presença do Papa nos 500 anos da Reforma desafiou à abertura na «diversidade»

O padre Joaquim Carreira das Neves disse que a participação do Papa Francisco na comemoração ecumênica dos 500 anos da Reforma Protestante reforçou a vontade em consolidar uma Igreja Católica mais aberta ao diálogo e à diferença.
Em entrevista ao Programa ECCLESIA, o sacerdote franciscano, autor do livro “Lutero”, sublinhou que numa época em que a religião está a ser instrumentalizada para promover a “guerra”, neste caso pelo Estado Islâmico, esta iniciativa realça a importância de partir em busca “da paz” e de no campo espiritual “deixar o unanimismo religioso”.
“É na diversidade que encontramos o rosto do outro e o rosto do outro é o rosto de Deus (…) e nisto “o Papa Francisco dá-nos esta grande lição”, frisa o biblista, que admitiu haver ainda um longo caminho a percorrer para que esta abertura chegue a todos os quadrantes da Igreja.
“Nós hoje temos muitos católicos que não gostam do Papa, há movimentos, há escritos e há cardeais - não há que ter medo – há cardeais que não estão de acordo com o Papa Francisco, que dizem que ele está a destruir a Igreja Católica. Não está, está a construir a Igreja e o mundo. Agora temos problemas complicados quando caímos em literalismos, em uniformismos”, sustentou.
O Papa argentino participou na comemoração ecumênica dos 500 anos da Reforma Protestante, esta segunda e terça-feira, com o objetivo de contribuir para a “proximidade” entre católicos e protestantes.
Este gesto, que congregou o Conselho Pontifício para a Unidade dos Cristãos (Santa Sé) e a Federação Luterana Mundial, marcou também os 50 anos de diálogo entre as duas Igrejas cristãs.
O investigador Timóteo Cavaco recordou que a Reforma Protestante deixou “uma ferida aberta no coração da Europa”, porque teve “consequências não só no plano religioso mas também político, econômico e social”.
Um pouco como acontece agora no Velho Continente mas por razões diferentes, de conflitos, de guerras que estão a levar milhões de pessoas a buscarem refúgio no território.
Neste âmbito, a viagem do Papa à Suécia poderá ter lançado as bases para as pessoas compreenderem que têm de “construir algo de futuro”, e mesmo as comunidades cristãs.
“O cristianismo é na sua essência plural, não devemos viver amargurados com a pluralidade do cristianismo. Agora temos é que construir na base dessa pluralidade e não olhar para aquilo que nos divide e fazer disso motivo de guerra e de conflito”, acrescentou.
PR/JCP - Agência Ecclesia.

quarta-feira, 2 de novembro de 2016

Igreja: «É bom entender o Dia dos Fiéis Defuntos à luz de Todos os Santos»

 D. Manuel Pelino, bispo de Santarém disse que a Solenidade de Todos os Santos, que se as assinala hoje, ajuda a “entender” o Dia dos Fiéis Defuntos, que se celebra dia 2 de novembro.
“Estes dois dias ensinam-nos o que é essencial e mais belo. Não caminhamos só para a escuridão do túmulo, mas para a luz plena de Deus”, afirmou D. Manuel Pelino numa mensagem vídeo publicada hoje na rede social Facebook
Para o bispo de Santarém, o dia de Todos os Santos ajuda a cultivar em cada crente “a sabedoria”, aponta para “a meta final”, não para as “muitas etapas” onde cada um se pode fixar.
“Vamos a caminho da plenitude, da santidade, da semelhança com Deus”, sublinhou D. Manuel Pelino, acrescentando que “estas duas celebrações lembram-nos a dimensão da eternidade que a nossa vida terrena tem”.
“A vida é breve e mede-se pelo saldo de solidariedade que levamos para a eternidade”, acrescentou.
Para o bispo de Santarém, é necessário cultivar a dimensão final “ao longo do tempo terreno” porque é nesse momento que se colhe o que se foi semeando.
D. Manuel Pelino considera que as celebrações do dia 1 e do dia 2 de novembro, Solenidade de Todos os Santos e a Comemoração dos Fiéis Defuntos tem um “significado rico”, tando humana como cristãmente.
Para o bispo de Santarém, as liturgias dos dois primeiros dias de novembro ajudam a “cultivar a memória, a vida interior e a ter consciência das raízes” e, por outro lado, “lembram o essencial da fé cristã.
"Somos configurados com Criso na morte, passamos pela cruz, mas participamos igualmente na ressurreição da vida nossa”, referiu D. Manuel Pelino.
A Solenidade de Todos os Santos, que se celebra hoje dia 1 de novembro, lembra os eleitos que se encontram na glória de Deus”, tenham ou não sido canonizados oficialmente; na Comemoração dos Fiéis Defuntos, que a liturgia católica assinala no dia 2 de novembro, recordam-se os cristão já faleceram “marcados com o sinal da fé”.
PR - Agência Ecclesia.

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Liturgia: Igreja evoca Todos os Santos

A Igreja celebra esta terça-feira a solenidade litúrgica de Todos os Santos, na qual lembra conjuntamente “os eleitos que se encontram na glória de Deus”, tenham ou não sido canonizados oficialmente.
As Igrejas do Oriente foram as primeiras (século IV) a promover uma celebração conjunta de todos os santos quer no contexto feliz do tempo pascal, quer na semana a seguir.
No Ocidente, foi o Papa Bonifácio IV a introduzir uma celebração semelhante em 13 de maio de 610, quando dedicou à Santíssima Virgem e a todos os mártires o Panteão de Roma, dedicação que passou a ser comemorada todos os anos.
A partir destes antecedentes, as diversas Igrejas começaram a solenizar em datas diferentes celebrações com conteúdo idêntico.
A data de 1 de novembro foi adotada em primeiro lugar na Inglaterra do século VIII acabando por se generalizar progressivamente no império de Carlos Magno, tornando-se obrigatória no reino dos Francos no tempo de Luís, o Pio (835), provavelmente a pedido do Papa Gregório IV (790-844).
Segundo a tradição, em Portugal, no dia de Todos os Santos, as crianças saíam à rua e juntavam-se em pequenos grupos para pedir o ‘Pão por Deus’ de porta em porta: recitavam versos e recebiam como oferenda pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocavam dentro dos seus sacos de pano; nalgumas aldeias chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.
Em contraste com esta festa católica está o ‘Halloween’, vindo dos Estados Unidos da América e agora muito celebrado também na Europa, no dia 31 de Outubro.
A comemoração veio dos antigos povos celtas que habitavam a Grã-Bretanha há mais de 2000 anos.
Já no dia 2 de novembro tem lugar a ‘comemoração de todos os fiéis defuntos’, que remonta ao final do primeiro milénio: foi o Abade de cluny, Santo Odilão, quem no ano 998 determinou que em todos os mosteiros da sua Ordem se fizesse nesta data a evocação de todos os defuntos ‘desde o princípio até ao fim do mundo’.
Este costume depressa se generalizou: Roma oficializou-o no século XIV e no século XV foi concedido aos dominicanos de Valência (Espanha) o privilégio de celebrar três Missas neste dia, prática que se difundiu nos domínios espanhóis e portugueses e ainda na Polónia.
Durante a I Guerra Mundial, o Papa Bento XV generalizou esse uso em toda a Igreja (1915).
Os temas vão estar em destaque no programa ECCLESIA desta segunda, terça e quarta-feira, às 22h45, na Antena 1 da rádio pública.
OC - Agência Ecclesia.